Recentemente publiquei um post sobre as mudanças que fiz na minha varanda e algo fundamental nesse processo foi a escolha dos vasos para as treliças. Apesar de já conhecer bem as características de alguns materiais, precisei fazer algumas pesquisas e antes disso nunca tinha pensado em fazer um post falando sobre os vários tipos de vasos, mas agora vejo a importância de conhecer melhor cada um, então vou falar sobre os mais comuns.
Plástico
São leves, baratos e têm muitas variedades de tamanho, formato e cores.
O plástico retém bastante umidade, mas engana, porque muitas vezes achamos que está seco vendo a superfície, mas o fundo está encharcado. Para esse tipo de vaso sugiro regas leves, com pouca água, justamente para evitar o acúmulo de umidade no fundo. Obviamente cada caso é um caso, vários fatores devem ser levados em consideração, mas, em regra, sugiro regar com maior frequência, se necessário, porém em pequena quantidade.
Os vasos mais comuns e baratos são os de plástico mais poroso, que sujam com facilidade e são difíceis de limpar, as cores claras praticamente impossíveis, então sugiro cores escuras para esse tipo de plástico.
Há os vasos de plástico grosso, lisinho e brilhante, que são lindos e elegantes (e caros, bem caros) e que são limpos com muita facilidade porque a sujeira não impregna.
Há também alguns mais lisos, mas não tão brilhantes e bem mais finos que também sujam menos, mas normalmente só encontro esse tipo na cor preta como o da foto abaixo.
Vasos de plástico normalmente vem com furos de drenagem, mas há alguns que vem com os furos fechados com uma camada fina de plástico e é necessário abrir com uma tesoura, faca ou um ferro de solda.
Metal
Comecei a usar vasos de metal recentemente e por enquanto estou preferindo aos de plástico, que eram os que usava antes.
Vasos de metal, assim como os de plástico, retém muita umidade, por isso exigem mais cuidado com as regas e uma observação atenta do substrato.
Outra característica dos vasos de metal é que eles aquecem bastante no sol, por isso não sugiro usar esse tipo de vaso em locais de sol muito forte já que o calor excessivo pode ser prejudicial para as plantas.
Eu acho os vasos de metal mais bonitos, mas normalmente eles são vendidos no estilo cachepô sem os furos de drenagem e exigem que eles sejam providenciados.
Vasos de metal são leves, bonitos e fáceis de limpar, por isso foram os que escolhi para a minha treliça.
Cerâmica
Eu adoro esse tipo de vaso. Acho bonito o estilo rústico deles quando estão como na foto abaixo sem nenhum tipo de acabamento ou pintura.
Para quem gosta dos vasos de cerâmica esmaltados há muitas opções e estilos e eles são encontrados em diversos formatos.
Eu tive vasos pintados por muito tempo, mas atualmente prefiro os naturais porque, além de achar bonito o aspecto rústico como já mencionei, a pintura com o tempo e a exposição ao sol e chuva se desgasta e o aspecto do vaso fica feio.
Além das muitas variações estéticas os vasos de cerâmica podem ser encontrados em vários tamanhos e aqui todos os meus maiores vasos são desse material. Eu prefiro a cerâmica para as plantas de maior porte, que exigem mais espaço interno no vaso, porque ela tem a característica de absorver bastante umidade, evitando que o substrato fique encharcado, principalmente no fundo do vaso como muitas vezes ocorre com o plástico e o metal.
Apesar de gostar muito da cerâmica nos vasos grandes, não gosto nos pequenos justamente porque, por absorver bem a umidade, quando a quantidade de substrato no vaso é pequena acaba secando rápido demais e se é um período de calor mesmo regando todos os dias acaba não sendo suficiente. Por isso para mudas recém germinadas ou muito jovens não uso a cerâmica, já que plantas nesse estágio de crescimento, em regra, precisam de mais umidade.
Os vasos de cerâmica não são leves como os de plástico e metal e em jardins verticais precisam de um suporte bem reforçado.
Cimento
Esses eu nunca usei e não posso opinar muito sobre eles, mas de todos os materiais esse é o mais pesado e isso deve ser levado em consideração já que o transporte, principalmente depois que estão plantados, é muito difícil. Não é o tipo de vaso que dá pra ficar mudando de lugar toda hora.
Vasos de cimento são muito resistentes e ótimos para áreas externas. Normalmente são vendidos em tamanhos maiores, mas o espaço interno costuma ser menor do que o vaso aparenta porque as laterais são bem grossas.
Esse material retém mais umidade do que a cerâmica, mais menos do que o plástico e o metal.
Auto-Irrigáveis
Já fiz aqui no blog um post sobre os vasos auto-irrigáveis que são ótimos para plantas que gostam de umidade. Eles são bonitos, são práticos e uma ótima opção para evitar larvas de mosquito. Porém não recomendo para plantas que não suportem umidade constante.
No post sobre eles tem muito mais informação, mas esses que mostrei são apenas uma das opções, há vários outros tipos, outras cores, já vi alguns até com carinhas divertidas e recomendo para ambientes internos principalmente.
Como Escolher um Vaso
Se a planta prefere substrato mais úmido o ideal é usar um vaso de plástico, metal ou auto-irrigável. Não que um vaso de cerâmica não possa ser usado na maioria dos casos, mas as regas precisarão ser mais frequentes. Já se a planta prefere substrato mais seco entre regas, o ideal é usar um vaso de cerâmica ou cimento.
Aqui na minha varanda eu uso três tipos de vasos: cerâmica, metal e plástico. Os de cerâmica uso para plantas adultas de maior porte e mudas em desenvolvimento que preferem o substrato mais seco entre regas. Os de metal uso para plantas recém germinadas, mudas jovens e plantas adultas que precisam de mais umidade, como peixinho, trevo roxo e etc. Os de plástico atualmente uso apenas para orquídeas e são todos de plástico transparente, que permite que eu veja as raízes das plantas.
Além das questões associadas ao material e necessidades da planta deve-se pensar no substrato. Em quase todos os meus vasos, os de barro e de metal, eu uso uma mistura de substrato pronto, húmus de minhoca e esterco bovino, adequando as regas de acordo com o tipo de vaso e as necessidades de cada planta. Nos vasos de plástico uso um substrato próprio para orquídeas que mistura casca de pinus, carvão e musgo sphagnum, mudando a proporção dos elementos dependendo da espécie.
Depois farei um post sobre substratos, mas o que se deve ter em mente é evitar duplicidade de uma determinada característica, exceto em casos muito específicos como algumas carnívoras, orquídeas, e etc. O que isso quer dizer: que se será usado um vaso que retêm umidade não use um substrato que também tenha essa característica, como a vermiculita por exemplo. Se será usado um tipo de vaso que absorve bem a umidade e seca rápido use um substrato que segure um pouco mais, assim haverá equilíbrio. Mas é sempre bom lembrar que as necessidades específicas de cada planta devem ser levadas em consideração e para saber é importante pesquisar sobre cada uma especificamente.
Olá. Tudo bem? Adoro seus posts. Quanto aos vasos auto irrigáveis tenho uma dúvida. Como a rega é diferente da normal, como uso adubo liquido no caninho? Será que devo usar uma quantidade menor do que a recomendada na embalagem? Obrigada.
Terezinha você deve usar bem pouco sim, especialmente se for químico. O que sugiro é que você complete numa próxima vez usando copos ou uma garrafa de 500 ou 300 ml por exemplo e veja quantos ml cabem no compartimento de água do vaso e depois, sabendo essa medida, você verifica qual a quantidade de adubo que deve usar. Mesmo assim recomendo que use um pouco menos do que o recomendado pelo fabricante.
Abraços Floridos